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Parei hoje no tempo, é observei o céu. Nublado, cinza, vazio...Me lembrei dos meus tempos de criança, da notoriedade dos dias, das pessoas que estavam comigo que hoje já não estão.Me lembro de como achava estranho o beijo, o sexo, a vaidade excessiva das mulheres, tão natural era a morte, e tão natural era abraçar alguém do sexo oposto.Engraçado como as coisas mudam. Tudo agora se mostra ao contrario, tão normal o beijo e o sexo , e tão estranho e difícil de lidar a morte.Viver sem vaidades e deixar envelhecer sem lutar, jamais!. Somos assim, vivemos num processo evolutivo constante,processo no qual não sabemos lidar na maioria das vezes.
Quando damos o primeiro beijo, não sabemos lidar com aquilo que até pouco tempo fazíamos cara de desprezo, como agir? onde coloco a mão? o que eu faço com a língua? Sexo então,melhor nem comentar como é estranho, sem falar na ressaca moral que dá logo em seguida, um trauma para maioria. Mas acredito que seja a partir do beijo, a partir das ebulição dos hormonios, e do sentimento que faz tremer as pernas e ficar com as mãos geladas lá na adolescência, que começamos a sentir mas o próximo, dai então quando alguém parte para um plano superior ficamos chocadas.Me lembro que nesta época, tinha uma colega de escola, que morreu de câncer, nem era muito intima, mas me lembro que fiquei de luto por vários dias, achei tão triste por ela não poder continuar ali sua vida, e passar por essas fases loucas e gostosas que é a vida. Hoje já vejo que a morte algo mas comum, algo inevitável.Mas não deixa de ser triste.
A questão é que é um processo evolutivo, depois de um tempo, é tão gostoso olhar pra trás e ver que você passou por essas toscas fases, é ver que tudo passa, tudo vai, pessoas e momentos...Mas se deixarmos ficar guardados na nossa mente são otimos para se aproveitar num dia nublado ou sol.